Ser gracejador e dar showoff é mesmo tão divertido?


        Há algum tempo me peguei pensando em um comentário feito para Vinícius Watzel, do RpgNext, questionando o fato do mesmo ter cobrado dos jogadores a perícia de cavalgar, além de algumas outras vezes em que a "regra" para cavar foi citada em tom de deboche.

        Infelizmente fica evidente que é difícil a compreensão por parte da maioria dos jogadores da modularidade do sistema GURPS e que as "regras", apesar de existirem, caso haja a necessidade, não são obrigatórias, como o próprio sistema sempre cita nas suas primeiras páginas. No exemplo citado, sobre a regra de cavalgar, o mestre Vinícius explicou que achou interessante cobrar o teste para deixar a cena engraçada, e isso faz todo o sentido. 

        Posso citar também um exemplo "real" que aconteceu em uma de minhas mesas: Os aventureiros estavam em uma taverna fazendo alguns desafios e um dos personagens disse:

Samanthus: "Eu jogo a adaga para cima e arrumo a perna para ela cair no coldre."

Mestre: "Faz um teste de destreza..."

        Eu poderia simplesmente deixar o "showoff" rolar e nada demais teria acontecido, mas o fato do jogador ter errado o teste com uma falha crítica e a adaga ter cravado no pé do mesmo gerou um momento maravilhoso e divertidíssimo e se tornou um meme na mesa também.

        Nem quero entrar no fato de que, mesmo em uma época medieval, nem todos obrigatoriamente deveriam saber cavalgar, assim como hoje, nem todos são obrigados a saber conduzir um carro ou pilotar uma moto.

        Então na dúvida entre deixar um jogador dar seu showoff e poder gerar um momento único de descontração gerado por resultados ruins (ou bons) nos dados, eu fico com a diversão.


por Anderson Lira


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